Criminal! Chaos Agents
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[FA] Ekaterina Vasilyev

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Mensagem por Ekaterina Vasilyev Qua Fev 03, 2016 10:58 pm




EkaterinaVasilyev

NOME /////////////Ekaterina "Míli" Vasilyev


IDADE /////////////27/12/1987
Capricórnio



TENDÊNCIA /////////////Maligna leal.


MUSICA /////////////Somethin’ Bad – Miranda Lambert & Carrie Underwood


HABILIDADES /////////////Raciocínio, Estratégia, Combate a Distância, Agilidade.


CARGO /////////////
Especialista em Genética, formada em Biomedicina.


FACECLAIM /////////////
Keira Knightley.



Fournier, de início, era muito simpático com Ekaterina. De início, antes de saber sequer seu nome. Por ser xenofóbico, assim que descobriu que a família dela era russa, deu um jeito de descobrir seu telefone e mandou diversas mensagens odiosas. A menina era paciente, mas, com o passar do tempo, foi ficando extremamente irritada. Quando já estava em seu limite, dias depois, decidiu responder as mensagens dele.
“Olha aqui seu babaca, eu sei quem você é. Se preza por sua segurança, é melhor você parar.”
As mensagens não pararam. Pelo menos, não até que Fournier não pudesse mais mandar nenhum tipo de mensagem.

PERSONALIDADE


Apesar de muito cuidadosa e focada em seu trabalho, está mais para egocêntrica do que dedicada. Ela tem que estar certa, porque seu ego não a permite errar: seria uma coisa imperdoável para consigo mesma. Mesmo depois de formada e de estar com o emprego no FBI, tem o hábito de estudar gravando os livros de genética toda noite no seu celular: uma tarefa que ela faz questão de complicar, mesmo que seja tão simples. Ela estuda em inglês, grava falando em russo e depois usa a gravação todos os dias enquanto corre. Cara dia, a sua corrida matinal de cerca de duas a três horas tem uma gravação nova. Pode ser considerada uma viciada em trabalho anti-social: pessoas normais não vêem muitos motivos pelos quais deveriam se aproximar de Ekaterina.
Normalmente, ela só é consultada quando está no trabalho, porque apesar de tudo é bem competente. Porém, as pessoas evitam falar com ela por causa da sua postura ao responder: apesar de levar seu trabalho a sério e jamais pregar pegadinhas ou dar a resposta errada, às vezes ela é sarcástica e, em outras, é muito grossa. Muito raramente, quando gosta de alguém, ela lhe dá a informação com certa meiguice. Apesar disso, tem muito respeito pelos seus superiores e é muito detalhista: costuma investigar coisas que as outras pessoas não pensam em ir atrás, o que, na maioria do tempo, só a faz ser vista como lunática e a faz perder noites em claro pensando sobre o que aquilo pode significar.
Aqueles que, por algum acaso, encontrarem algum motivo para se tornar amigos de Ekaterina, irão passar por maus lençóis antes que tenham a chance de experimentar seu lado doce e dedicado. Ela testa muito as pessoas, porque passou por experiências um tanto ruins, tanto na vida amorosa, quanto em amizades. Ela também é muito auto-suficiente e pouco festeira, principalmente porque não encontra pessoas com as quais valham a pena sair: não bebe ao ponto de perder o controle, nem aprecia as pessoas que assim o façam. Não fuma também, tenho sérios problemas com esse tipo de hábito pelas memórias que a trazem de seu pai. Extremamente honesta, seja para o bem ou para o mal. Costuma manter uma alimentação saudável e controlada. Consulta todos os tipos de médicos que precisa e usa óculos de leitura à noite.

HISTÓRIA



Alisa se casou com Adrian dois anos antes de engravidar, até porque ela tinha sérios problemas quando o quesito era fertilidade, apesar de seu enorme fascínio e desejo de maternidade. Para ela, não havia nada mais precioso do que ter um filho, e ela arrastou Adrian nisso, lhe fazendo sempre ver o lado bom das coisas. Apesar de calmo e muito inteligente, o homem não tinha muito interesse em ser pai, mas tinha interesse em fazer Alisa feliz. Não que ele não quisesse um filho ou uma filha, mas não tinha o desejo que via na sua esposa. Mas ele atendeu seus pedidos mesmo assim, porque sempre foi louco por ela. Desde o seu casamento, tinha o prazer de fazer as coisas conforme as vontades da mulher simplesmente porque ele podia. Gastou uma pequena fortuna em experiências de fertilização in vitro, feitas nos Estados Unidos, até que a mulher finalmente conseguisse ficar grávida.
Porém, houve uma surpresa não tão boa na gravidez de Alisa: por conta de alguns fatores, os médicos estavam aconselhando o aborto. Segundo eles, a gravidez em si não seria fácil, mas também não seria o pior problema: no parto, Alisa poderia morrer. Eles descobriram, por causa de um pequeno ferimento que ela tinha sofrido, que a mulher tinha um gene hemofílico. Ela não tinha realmente hemofilia, mas o gene poderia influenciar na recuperação pós-parto. Além disso, se ela tivesse um homem, a chance de que ele fosse hemofílico era de uma em duas. A mulher não desistiu e seguiu em frente, ignorando os conselhos dos médicos. Adrian, ao ver a esposa irredutível, continuou com tudo. Se a esposa queria aquela criança, ela teria aquela criança. O poderoso vice-presidente gastou mais uma pequena fortuna nisso, o que, aos poucos, diminuía sua poupança, mas não sua importância. A família Vasilyev sempre foi uma das mais influentes em toda a Rússia, e não seriam alguns milhares de dólares que mudariam aquilo.
Os médicos disseram que era melhor que os dois permanecessem nos Estados Unidos e que Alisa tivesse a criança lá, o que Adrian concedeu por causa do seu trabalho: seu chefe ficou mais do que satisfeito em ter alguém de confiança na filial americana, que estava passando por alguns problemas de administração. Alisa deu a luz a Ekaterina, que recebeu o mesmo nome de sua avó materna e o apelido de Míli, um apelido russo muito comum que significa “meu doce”. A mais nova mãe se recuperou do parto muito bem, obrigada: isso virou uma simples história na família. Ekaterina foi criada com amor e responsabilidade, embora cada característica fosse de um dos responsáveis por ela. Alisa era a mais amorosa e babona das mães, enquanto Adrian era o pai responsável que se punha a deixar a pequena mimada nos eixos, fazendo com que ela trabalhasse mais do que qualquer uma de suas primas, igualmente jovens e influentes. Porém, no aniversário de casamento de dez anos dos dois, houve um acidente. Enquanto ambas Ekaterinas estavam em casa, a menor já na cama, a mais velha recebeu um telefonema da polícia. O carro havia sido atingido por um motorista bêbado.
Adrian estava bem: ou pelo menos, assim que todos os traumas passassem e ele se acostumasse a não poder mais mover as pernas, ele ficaria. Alisa não resistiu: os ferimentos foram demais para sua condição. Mesmo sendo normal, ela perdeu muito sangue e o sistema não conseguiu recuperar. Os médicos diziam que sua morte poderia não ter sido influenciada pelo gene hemofílico, mas Ekaterina, a mãe da menina, pensava que eles estavam falando aquilo para consolá-la. Ao invés de isso causar traumas na pequena Míli, ela estava fascinada. Sua família era simples e naturalmente insensível, então jogou na doença toda a culpa e explicou tudo para a menina. Eles voltaram para a Rússia, para que Alisa fosse enterrada no cemitério da cidade onde tinha nascido. Lá, houve um enorme funeral onde, como é de costume russo, todos beberam vodka ao redor de uma fogueira.
A mente de Ekaterina criou automaticamente um escudo: ela não queria mais ficar pensando na morte da mãe como algo que foi culpa de seu sangue e ver isso como uma coisa ruim. Ela queria saber mais sobre isso, investigar sobre aquele assunto. Queria saber quão grande era a influência da genética no corpo humano a ponto de matar alguém, e também zelar pela sua própria vida. Ekaterina foi deixada na Rússia com sua avó, enquanto seu pai voltava para os Estados Unidos. O motivo era muito simples: Adrian, como o resto da família, passou a não conseguir encará-la por muito tempo. Quanto mais a menina crescia, mais se via que ela era o retrato da mãe, e todos estavam tristes pela morte de Alisa, que era uma das pessoas mais amadas em todos os lugares que fosse. Míli então se trancou no seu mundo, passou anos estudando os assuntos que lhe interessavam e indo para a escola normal. Quando completou dez anos, seu pai foi transferido de volta para a Rússia, já que ele não estava mais dando conta de trabalhar sozinho na filial.
Dos oito aos dezessete anos, Ekaterina se tornou a típica russa fria e estudiosa. Fez alguns poucos, leiam-se dois, amigos. Um deles era o seu primo, que vivia tentando enturmá-la com os outros garotos. E outro era um estudante de intercâmbio que conheceram aos treze, que acabou se mudando da Espanha para a Rússia por motivos conhecidos por todos, menos por Míli. Ela ia se formar recebendo inúmeros elogios de seus professores, e isso para dizer o mínimo. Quando chegou a hora de escolher a faculdade, ela se sentiu num impasse: por mais que tivesse sido aceita em todas as universidades de prestígio que queria na Rússia, elas nunca teriam tanto reconhecimento quanto as dos Estados Unidos. Além disso, ela não queria estar lá. Agora que estava uma moça desenvolvida, definitivamente era o retrato da mãe. Chegou a cortar o cabelo curto para ver se ajudava, mas era a única diferença que tinha de Alisa. Todos a cumprimentavam e esperavam que ela fosse boa e gentil como sua mãe, mas ela não queria ser. Ela não queria ser Alisa.
Dado tudo isso, ela decidiu voltar aos Estados Unidos e estudar lá. Mandou as inscrições para as universidades e quase riu ao ver que fora aceita em quase todas elas, especialmente naquela que mais a interessava: Harvard. Apesar dos laços que ela tinha formado na Rússia, não se sentia confortável ali e, com certeza, não eram os seus dois amigos que a pediriam para ficar. Eles entenderiam e iriam querer o melhor para ela. Seu amigo espanhol chegou a lhe dar uma pulseira de ouro quando ela informou sua decisão no dia da formatura. Assim que acordou no dia seguinte da formatura, arrumou todos os seus pertences na velocidade da luz e foi informar ao seu pai da sua decisão. Adrian foi paciente enquanto escutava e muito cético quando ela terminou a história. A determinação da filha era uma piada para ele e tinha certeza que, assim que ela visse que não teria os mesmos luxos na América como tinha em casa, voltaria correndo. Disse que lhe daria sua propriedade nos Estados Unidos se ela conseguisse mantê-la. Pagaria a faculdade, mas nada além da faculdade: ela teria que aprender a se virar.
Adrian definitivamente não era o mesmo homem. Bebia, fumava e vivia resmungando pelos cantos: ela queria se livrar daquilo. Concordou com as condições do pai e, de bom grado, pegou o avião de volta aos Estados Unidos. Ao chegar lá e ver a enorme mansão que seu pai queria que ela mantivesse, percebeu que ia ter problemas. A casa era enorme, com seis quartos e sete banheiros, duas salas, um salão de festa e uma enorme biblioteca que simplesmente não se limpariam sozinhas, sem mencionar o jardim. Decidiu então fazer de sua casa uma pequena república: dividiu-a com duas colegas ao troco de um aluguel bem modesto (se considerado os luxos que a casa oferecia, como TV e jacuzzi no banheiro) para que, assim, pudesse bancar as contas da casa (que também seriam divididas) e suas despesas pessoais. Para falar a verdade, ela recebia mensalmente uma boa quantia da avó, mas resolveu contratar somente duas empregadas, um jardineiro semanal e guardar o resto do dinheiro para emergências. As meninas que ela escolheu adoraram, até porque não era toda república que tinha o luxo que aquela tinha, e elas viveram juntas até a formatura.
Com delicadeza e inteligência, Ekaterina deixou claro que elas deveriam se mudar assim que se formassem: para falar a verdade, ela não estava confortável com a presença das meninas ali. Emily vivia trazendo “amigos” para visitarem a casa, e fazia muito barulho à noite, o que dificultava os estudos de Ekaterina. Além disso, por mais que nenhuma das duas tivesse nada contra a outra, elas simplesmente não se gostavam, especialmente porque elas achavam que Míli era uma russa estranha, anti-social e mimada, e ela não fazia nada para desmentir aquela imagem. Elizabeth parecia promissora: era dedicada, limpa e mais intelectual do que festeira. Porém, tudo desandou quando a atual dona da casa descobriu que ela fumava na biblioteca, o que solucionou o pequeno mistério de porque os livros estavam com um cheiro insuportável quando ela os usava para estudar.
Enquanto ainda estava estudando, Ekaterina se envolveu com um cara bem mais velho. Ela não era exatamente o tipo meiga e mente fechada e seu atual “relacionamento”, por sorte, também não. Ela o via todo dia quando ia tomar seu café numa cafeteria que ficava perto de sua casa, no caminho que ela usava para se exercitar. Seu primeiro pensamento sobre ele foi que ele daria um ótimo russo: as mulheres definitivamente não iriam lhe dispensar num bar. Mas, com o passar do tempo, ele deixou de chamar sua atenção. Ela simplesmente não era do tipo que observava um mesmo cara por muito tempo, embora o cumprimentasse de vez em quando enquanto estava na fila, decorando seu livro. Num ótimo dia para se correr, estava havendo algum evento ali perto e a cafeteria estava lotada. Ela tinha chegado tarde demais: todas as mesas estavam cheias. Com um suspiro, Ekaterina estava vasculhando o lugar com seu copo em mãos. Foi quando o estranho conhecido a chamou para sentar com ele com um aceno, e ela aceitou. Ainda com seus fones, ficou simplesmente na mesa, bebendo e encarando o nada, quando ele tirou seu fone.
- Fiquei curioso. – ele se justifica pegando o fone e escutando com atenção.
Ekaterina quase sorriu, pois sabia que ele não ia entender absolutamente nada de suas anotações em russo. Então, gentilmente – ou assim parecia, embora ela só estivesse alimentando o seu ego no processo – começou a traduzir para o homem.
- Sabemos hoje que mutações nos genes codificadores para a APP [Amyloid b (A4) precursor protein], apoE (apolipoprotein E), PSEN1 (presenilin 1) e PSEN2 (presenilin 2) são consistentemente associadas com o estabelecimento da DA. Esses genes localizam-se em diferentes cromossomos e pelo menos alguns deles devem participar de uma via neuropatogênica comum, que culmine com o desencadeamento da doença. Esses quatro genes são, até o dia de hoje, os mais importantes e mais consistentes marcadores para a DA. – ela disse, como se não fosse nada demais.
- Você é estrangeira. – ele disse.
- Quase. Passei bastante tempo fora. – pegou seu fone de volta, com a intenção de voltar a se concentrar em suas anotações.
Porém, ele parecia interessado nela. Todo dia agora ele fazia sinal para que ela se sentasse com ele, e ia arrancando as informações sobre ela aos poucos. Darrel a elogiava, ele era gentil e muito agradável. Além disso, pelo modo que se portava e conversava com ela, não era nem um pouco idiota. Aos poucos, eles foram se apegando um ao outro até em que chegou o dia que ele a chamou para sair. Um pouco antes que ela se formasse, eles jantaram num ótimo restaurante e, naturalmente, ela passou a sua primeira noite com ele. Apesar de tudo, ela nunca sentiu necessidade de definir um relacionamento com ele. Mesmo quando as mulheres o olhavam na cafeteria, elas paravam ao ver que Ekaterina se sentava com ele. Mesmo com todo o ego e a personalidade difícil, a mulher ainda era intimidadora e estonteante.
Aquelas com quem Ekaterina dividia a casa se mudaram após se formarem, e ela recebeu um e-mail do pai, que, ao invés de lhe dar parabéns pelo seu diploma, exigia sua volta para a Rússia assim que possível. Agora com 22 anos e formada com louvor em Harvard, com certeza não era para lá que a menina ia voltar. Ignorou o e-mail por completo e começou a procurar por emprego. Certo dia, estava correndo e indo para a sua cafeteria predileta quando passou por uma cena de crime que lhe chamou atenção, não pela cena em si, mas pelo corpo que levavam. Ekaterina conhecia aquela menina, tinha a ajudado uma vez. Ela era uma órfã cega e queria saber um pouco mais sobre a doença que causou sua cegueira, então visitou o departamento de biomedicina uma vez. Além disso, elas tinham se reencontrado no shopping, onde ela estava precisando de ajuda para comprar um teclado, que era um presente para uma amiga.
Aquilo arrasou Ekaterina. A menina que agora estava morta era um doce de pessoa. O que mais a surpreendeu foi o jeito que ela tinha sido morta: Ashley tinha levado dois tiros, um em cada olho. Ela estremeceu por um momento, e então entrou na cafeteria, pensando seriamente em desabafar com seu relacionamento atual quando viu que o FBI estava lá. Resolveu se afastar um pouco, pedir um café e espionar um pouco ali perto. Viu que um homem moreno e duas mulheres – uma ruiva, outra loira - pareciam exaustos e muito abatidos. Pediu seu café e ouviu a conversa, ignorando o aceno do seu companheiro, ficando no balcão. Ela simplesmente ergueu um dedo para ele e ficou ali, olhando para o nada, como quem refletia. Na verdade, estava em estado de alerta e descobriu que eles eram os responsáveis por aquela investigação.
- É sempre problemático colocar esses caras atrás das grades, mas esse? Esse cara simplesmente atirou nos dois olhos da vítima e está alegando legítima defesa. Quem ele pensa que a gente é? – perguntou a garota loira – Não é porque ele é político que nós somos idiotas.
- Eu estou mais preocupado em achar os parentes da menina. Parece que ela não tem nenhum aqui. – disse o homem – Precisamos de testemunhas.
- Esses estrangeiros... – começou a ruiva e parou ao ver que Ekaterina tinha virado o seu rosto para ela.
- Eu posso ajudar. – falou a russa, se aproximando devagar das pessoas – Eu conheço a menina que morreu.
- Muita gente fala isso. – disse o homem.
- Ela é órfã, não estrangeira. E peçam para que sua legista procure por Retinose Pigmentar. Se ele está alegando legítima defesa, vai ser fácil derrubar seu argumento. – disse com confiança.
- Se é que você a conhece mesmo, isso não é conosco. Fale com o pessoal responsável pelo contato com o público, ok? – disse o homem, e eles começaram a se levantar.
- Ela era cega. – disse Ekaterina, e a loira parou.
- Como assim, cega? – perguntou, se virando para a menina.
- Retinose Pigmentar é uma doença genética incurável que causa cegueira com o passar do tempo. Ashley era cega, ela veio me perguntar da doença quando eu estava me formando. – disse a morena.
- Espera um segundo... Em que você é formada? – perguntou o homem.
- Biomedicina, em Harvard. – respondeu.
- O depoimento dela valeria ouro. – disse o moreno para as mulheres – Além de conhecida, é uma biomédica. – então ele se virou para Ekaterina e abriu um sorriso aliviado - Olha só, você estaria disposta a nos acompanhar até um lugar para que possamos pegar seu depoimento? E depor em tribunal também?
- Sim. – ela disse – O faria pela Ashley.
Ao trocar contato e marcar de se encontrar com o moreno logo depois, ela foi para a mesa de Darrel, que não estava muito feliz com ter sido ignorado. Ela o explicou que uma “amiga” havia morrido, e que ela iria prestar depoimento. Ele não parecia feliz do mesmo jeito, mas Míli não era exatamente o tipo de pessoa que liga para se ele estava feliz ou não. Pelo menos, não nesses momentos. Ela havia se decidido: iria depor pelo bem de sua conhecida. A primeira barreira encontrada, de cara, no tribunal, foi o seu sotaque: as pessoas não estavam levando a sério Ekaterina pelo seu status de estrangeira. Quando ela se soltou um sorriso sarcástico e disse que gostaria de ser tratada como a cidadã americana que era, as pessoas passaram a levá-la mais a sério.
Ela explicou com detalhes a doença e também como conheceu Ashley. Até conseguiu, com a ajuda do FBI, as imagens do encontro das duas no laboratório em que elas se conheceram. A legista comprovou que Ashley tinha a doença genética, um pouco tarde e sem muita necessidade: o pessoal do orfanato em que ela passara a infância havia chegado e também confirmaram a história, trazendo junto com eles fotos e mais dados para comprovar a teoria. Foi um escândalo, considerando que o assassino era um político importante. Fotos das pessoas que haviam prestado depoimento, inclusive de Ekaterina, foram tiradas e postadas. Isso a rendeu outro e-mail, com uma bronca e mais uma exigência de que ela voltasse para casa. Seu pai até lhe ofereceu uma quantia absurda de dinheiro. Era outro dia comum, quando viu o homem que a tinha levado a depor a esperando no café. Ele tinha levado um artigo onde era mencionada a participação de Ekaterina, parabenizou-a e até lhe apertou a mão, agradecendo pelo trabalho prestado ao país e à sua amiga.
- Sabe, morena... – ele lhe lançou um sorriso animado – Você trabalha em quê?
- Estou desempregada. – respondeu Ekaterina, curiosa pelo motivo por trás da pergunta.
- Você é cidadã americana, não é? – perguntou, e ela acenou positivamente com a cabeça - Deveria fazer o exame para o FBI. Poderíamos usar alguém como você. – disse ele.
Com um sorriso simpático e um tapa de brincadeira no ombro, ele foi embora, deixando Ekaterina com uma ótima ideia. Após acertar todos os detalhes, ela fez o exame assim que possível. Apesar do nível de dificuldade, a morena tinha bons motivos e ótima educação: foi aprovada. Ela estava completamente feliz quando foi visitar Darrel naquela noite. Após um jantar e de exercícios físicos feitos em conjunto, ela, ainda em seus braços, virou para ele ao invés de se afastar como sempre fazia, para dormir. Ele percebeu a mudança de atitude e a olhou, curioso.
- Sobre o exame, do FBI... – ela fez uma pequena pausa de suspense – Eu passei.
Ele hesitou por um momento, ficando tenso. Por fim, juntando as sobrancelhas, ele a encarou, sério e confuso.
- E...? Para que você fez isso? – ele soou rude.
- Bem, eu preciso de um emprego. E trabalhar no FBI me parece desafiador. – respondeu.
Ela sorriu de canto, pouco se importando com o mau-humor dele. Achava que ele ia se animar logo, logo e voltar a ser calmo como sempre. O que aconteceu foi justamente o contrário: ele tirou o braço debaixo dela bruscamente, fazendo com que ela caísse no travesseiro com um pequeno baque surdo. Ekaterina simplesmente o encarou, chocada com a sua atitude.
- Isso é estupidez, você nem sabe onde está se metendo. – disse de forma rude.
Ele então se levantou da cama, a deixando sozinha, e a encarou como se ela tivesse acabado de lhe chutar.
- Além disso, você é imatura demais para aguentar a pressão da Academia. – ele cuspiu as palavras nela.
Um calor de raiva passou pelo corpo da quase russa, que se ergueu tempestuosamente da cama e começou a procurar suas roupas. Ela não estava acreditando que até ele estava agindo assim com ela: sem acreditar que ela pudesse ser bem mais madura do que aparentava. Exatamente como seu pai. Seus olhos se estreitaram enquanto ela se vestia.
- Ótimo saber que é isso que pensa de mim. Espero que não fique decepcionado quando eu provar que você está errado. – disse.
Ela ouviu um riso falso ecoar pelo quarto, saindo das narinas dele, em tom irônico. Suas mãos tremeram por um instante.
- Como se eu me importasse em pensar qualquer coisa de você. – ele disse.
Ela tentou o olhar, chocada como se ele tivesse acabado de lhe dar um tapa. Mas ele estava olhando para outro lugar, então ela vestiu seu blazer, a última peça de roupa que lhe faltava.
- Você tem essa neurose de tentar provar para quem estiver disponível para ver que é melhor que sua mãe. – ele passou a mão no rosto – Isso é falta de ocupação! – ela parou, irada – Está te deixando insana, Ekaterina!
Ela deu a volta no quarto até ele, ficando bem à sua frente. Esperou alguns momentos até que ele a encarasse. Ele emanava ódio, e ela emanava mais ódio ainda. Ergueu a mão, mas não pôde bater nele. Por que ela não podia bater nele? Mas não ia admitir isso. Jamais admitiria que realmente sentia algo por Darrel. Ele ia pagar por ser tão ridículo com ela, depois de tudo que passaram. Agora, sim, ela passaria na prova. Então ela abaixou sua mão e lhe encarou, como se ele tivesse morrido.
- Sabe de uma coisa, Darrel? Você nem vale a pena.
Prometendo a si mesma que passaria pela Academia, ela saiu da casa dele. Ela nunca mais passou por aquele quarteirão. Nem comia nem bebia mais na sua cafeteria predileta: encontrou outra com o tempo. Teve outros casos com o tempo. Mas, desde aquilo, ela simplesmente não podia mais confiar. E ela passou no exame.


CURIOSIDADES


♦ Fala russo quando está sozinha, com a finalidade de não esquecer o idioma.
♦ Tem uma tatuagem pequena no pulso, um “A”.
♦ Tem o hábito de beber vodka no aniversário de morte de sua mãe.
♦ Está sempre usando uma pulseira de ouro.


Ekaterina Vasilyev
Ekaterina Vasilyev
Time Três
Time Três

Idade : 36
Localização : Laboratório.
Capricórnio
Ficha do personagem
Grau : Primário ou Secundário
Tend&Leald:
Cargo:

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[FA] Ekaterina Vasilyev Empty Re: [FA] Ekaterina Vasilyev

Mensagem por Director Qui Fev 11, 2016 5:15 pm

Avaliação

F I C H A   A C E I T A 

Bem vinda ao FBI, Ekaterina Vasilyev!
Sua inscrição foi aceita, a ficha possui uma escrita clara e de fácil entendimento. A personalidade ficou um tanto vazia, como se você houvesse trabalhado somente alguns poucos aspectos nas caracteristicas mentais da personagem, recomendo que desenvolva melhor o caráter de Ekaterina no decorrer do RPG, ou ela pode se tornar um personagem entediante. Em alguns pontos da história é notável certa pressa no desenvolvimento da trama, o abuso de mas e poréns pode confundir um pouco o leitor, ainda que, de resto, o texto é bastante limpo de rodeios. 

Suas habilidades recomendadas são as seguintes;
[40/40]
H A B I L I D A D E S   F Í S I C A S;
Força: O1 | Resistência: O6 | Agilidade O9
H A B I L I D A D E S   M E N T A I S;
Raciocínio: 1O | Estratégia: O9 | Diplomacia: O1 
H A B I L I D A D E S   D E   C O M B A T E;
Corpo-a-Corpo; O2 | Á Distância: O2

Em nenhum momento, na ficha de Ekaterina, foram citados os estudos voltados ao combate, no entanto, isso é acrescentado ao personagem durante a academia. Não aconselho que aumente os níveis de combate para mais de três, diminuí-los para um fica a seu critério, caso deseje focar a personagem em uma única lacuna de Habilidade. Mantive a agilidade e resistência relativamente altas, já que os costumes de corridas foram frequentemente citados na ficha. 
Espero que tenha lhe ajudado, será um prazer topar com você pelo departamento. 


Divirta-se, Director.

▲▼

Director
Director
Patrão
Patrão

Idade : 62
Gémeos
Ficha do personagem
Grau :
Tend&Leald: Neutro Imparcial
Cargo: Director Of the Federal Bureau of Investigation

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